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"Disse eu aos nobres, aos magistrados e ao resto do povo: Grande e extensa é a obra, e nós estamos separados no muro,
longe uns dos outros;" Nee 4:19

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Soldados Feridos

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domingo, 10 de agosto de 2014

Sou Cristão.

Sou Cristão, sou cristão,
Na alegria ou na provação.
Sou Cristão, sou cristão,
Porque tenho Jesus Cristo no meu coração.

Se vento sopra leva lá vem vendaval.
Se vivo a minha vida sem sofrer o mau.
Levando ao Deus da graça minga gratidão,
Porque nesta peleja também sou cristão.

Sou Cristão, sou cristão,
Na alegria ou na provação.
Sou Cristão, sou cristão,
Porque tenho Jesus Cristo no meu coração.

PS: Acho que esta letra não está bem certa, espero que alguém poste aqui a letra certa.
Agradeço.
Magali Ferraz.




Sou Cristão.


“Sou Cristão”.
Algum colega Betelino ainda se lembra desse ”corinho” Sou Cristão? Pois é isso que somos, somos Cristãos.
Este “corinho” era cantado por nós alunos do Instituto Bíblico Betel Brasileiro. Ser Cristão era nossa única identidade. Era o que importava. Oriundos de vários Estados e até outros países, e de várias Denominações também, ser Cristão era o suficiente. No Betel não se era Batista, Presbiteriano, Assembleia de Deus e assim por diante, éramos Cristãos. Fazíamos amizades sem ao menos saber a denominação de procedência, não era mesmo importante. Ainda somos assim, nada mudou, somos e continuaremos a ser identificados assim. O nome da Igreja que frequentamos ainda não nos importa, porém ser Cristão não é apenas um nome, é antes uma atitude e comportamento cotidiano, tendo a Bíblia no seu todo, texto com contexto, como regra de fé e prática. Penso que é hora de lembramos disso. Tomar um, ou mais textos isolados, e basear uma doutrina, seja ela qual for, ainda tem o nome de heresia. Heresia com base Bíblica.
A manifestação do poder de Deus é antes de tudo interior, com a salvação do pecador arrependido, com absoluta mudança de caráter a ser refletido no dia a dia.
No Betel tínhamos a oportunidade de demonstrar nosso caráter. Convivíamos em regime de internato, e nos envolvíamos nos trabalhos domésticos e organização da Casa. Absorvíamos o caráter de Cristo, através da leitura e estudo Bíblico diário. Tínhamos um “Caderno de Meditação”, onde escrevíamos tudo que entendíamos dos textos lidos. Líamos toda a Bíblia e nunca desprezamos nem mesmo as genealogias, com intermináveis listas de nomes.
Ser um Teólogo era apenas um detalhe.
Somos Cristãos, com lideranças importantes ou não, famosas ou não, de denominações grandes ou não. Pertencemos antes, ao Corpo de Cristo, a Noiva do Cordeiro, dessa forma não há distinção, somos um, em Cristo. Abrir mão dessa condição de fé nos tornará o que quisermos, ou o que desejar nos chamar, mas não seremos Cristãos. Assim é para todos.
Estamos em um momento de nos definir cada vez mais. Ser morno, (Apocalipse 3:16), não nos parece ser o caminho, ou seja, indefinido, “Encima do muro”.
Somos Cristãos porque nos parecemos com Cristo e não com o mundo. “Não ameis o mudo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele;” I João 2:15
“Pois que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?...” Mateus 16: 26.
 “Pois assim como foi nos dias de Noé, também será na vinda do Filho do Homem. Portanto assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem.” Mateus 24: 37-39
Vivemos para perder o que o mundo nos oferece. As riquezas desse mundo e seus benefícios não são nossa meta e não nos fascina.
A nossa vitória foi conquistada na Cruz por Jesus Cristo, e esperar algo superior a isso é ilusão e vaidade.
“O melhor” não “está por vir.” O melhor já veio Jesus Cristo, nosso Salvador, nossa Pérola de Grande Valor.
Está na hora de cada um cuidar de si e da sua fé: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres porque fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes.” I Timóteo 4: 16.
“Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia”.
I Coríntios 10: 12
“Então se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acrediteis; porque surgirão falsos cristos e falos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os escolhidos.” Mateus 24: 23,24.
“E, por se multiplicar a iniquidade, o amor esfriará de quase todos.” Mateus 24: 12.
“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas”. Apocalipse 2: 29
     Que o Senhor aplique Sua Palavra em nossa vida.
Amém!
Magali Ferraz.

domingo, 4 de maio de 2014

Gosto bom!


Hoje acordei com gosto adocicado na boca. Vi que havia algo melado escorrendo dos lábios ao pescoço.
Estranhei, pois tendo restrição de açúcar no meu cotidiano, como estaria assim tão lambuzada?
Senti vontade de louvar a Deus, pois gosto muito de doces, e imaginei que quem sabe em um instante de sonambulismo comi mel a me fartar!
Mas não foi isso, só me vinha à frase:
--Doce Jesus! Doce Jesus! Doce Jesus! Doce Jesus!
Onde está a amargura da vida?
--Doce Jesus! Doce Jesus! Doce Jesus! Doce Jesus!
Aonde foi parar as palavras negativas recebidas?
--Doce Jesus! Doce Jesus! Doce Jesus! Doce Jesus!
Qual será o efeito das angustias mais profundas?
--Doce Jesus! Doce Jesus! Doce Jesus! Doce Jesus!
E a resposta será sempre:
--Doce Jesus! Doce Jesus! Doce Jesus! Doce Jesus!
Consegue sentir?
O doce Jesus é aquele que impelido de amor e misericórdia, se entregou por nós na cruz. Sofreu as amarguras dessa vida, as ingratidões, as maldades e injustiças, pagou nossa alta dívida para nos dar este gosto adocicado na boca:
--Doce Jesus! Doce Jesus! Doce Jesus! Doce Jesus!
Magali Ferraz.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Ao colega com carinho.

 Quem poderia dizer que estimar-se é ruim?
Jesus ao nos ensinar a medida do amor disse:  
"-Ama o teu próximo como a ti mesmo."
 Porém não adianta fantasiar. Esta figura me fez pensar que muitas vezes achamos que podemos mais e vamos além das nossas possibilidades.
Nós que, acompanhamos o ministério de D. Lídia Almeida, como Diretora- Presidente do Instituto Bíblico Betel Brasileiro, fomos contaminados  por seu dinamismo. É quase regra que a gente trabalha em muitas frentes, em muitos empreendimentos de uma só vez até a exaustão. Como mudar isso? Acho que não vamos conseguir. Se a gente parar sofre muito, pois fazemos muito porque gostamos de fazer e sabemos fazer. Fazemos com amor abnegado, contante que nos impulsiona de tal forma a não quer parar. O Betel nos preparou para muitas atividades, mas é claro que cada um seguiu o dom que Deus concedeu a cada um de nós. Cobramos muito de nós, exigimos o máximo, e temos medo que sermos negligentes.
Quero com esta reflexão, que você repense que somos membros do corpo de Cristo, e que somos muitos membros. Cada um tem sua função, sua tarefa e se você parar um pouco para férias mesmo, Deus proverá um substituto. A obra é feita pelo Espírito Santo, que usa o ser humano, e não só você que Ele pode usar. Confie, delegue a outros, faça discípulos.
Temos visto alguns colegas partindo para eternidade em plena atividade. Eles se vão exaustos, e não parariam de outra forma se não fosse com a morte. É belo ver dessa forma, mas eram pessoas que tinham muito a nos ensinar. Pessoas que viveram uma história linda, que jamais foi compartilhada, não visitaram colegas, ou não se comunicaram jamais com colegas. Partiram sem saber o quanto foram amados e queridos. Quem sabe não viram frutos da semente que lançaram ou que regaram.
Escreva sua história, dê testemunho, viste seus colegas, responda recados, dê sinal de vida. Ninguém quer seu relatório, queremos comunicação. 
Ou quem sabe você pode pensar que fracassou, e tem vergonha de não mostrar "A grande Obra", que você realizou. O que é isso? A grande obra é que nosso nome está arrolado nos céus, foi para isso que Cristo deu a sua vida. Você é nosso colega amado, nosso irmão que sentimos saudades.
O Betel jamais seria o que foi e o que é sem seus alunos.
 Lembre-se que Deus prometeu a D. Lídia que alargaria o toldo da habitação e que levaria os alunos. Então nós fomos levados por Deus, mesmo que você tenha passado só uma semana no Betel. Deus o levou!
Meus queridos a grande obra é a edificação do Reino de Deus e não pense que o Reino se sustenta em você. O Reino se sustenta em Cristo, e se você se for, a obra não vai parar. A igreja não vai fechar, seus filhos continuarão a viver, a vida vai prosseguir.  É isso que estamos vendo.
Sentimos sua falta, nos lembramos de você nos corredores, nas filas, na mesa da Banca de estudos, batendo o sino, apagando a luz, profetizando à noite antes de dormirmos. Sussurrando na sala de oração e chorando clamando pelas Nações.
Viu que Deus respondeu nossas orações. A Cortina de Ferro se rompeu, o muro de Berlim caiu, e muitos colegas já foram ou estão acho que em quase todos os países do mundo pelos quais oramos a cada sábado nos Cultos de Missões.
Paulo recomendou a Timóteo: "Cuida de ti mesmo". 
Pois é guerreiro “Cuida de ti mesmo”! 
É o que lhe desejo. 
Magali Ferraz.



sexta-feira, 4 de abril de 2014

No Betel.



 Em 1978, sai da casa dos meus pais para estudar mo Instituto Bíblico Betel Brasileiro. Sabia apenas que queria estudar a Bíblia e saber mais e mais para poder evangelizar. Tinha na época dezessete anos, e como todo adolescente, gostava de desafios. Assim partimos da Rodoviária de BH- MG para João Pessoa - Paraíba. Acho que olhei no mapa a localização do Betel, mas como este devia ser pequeno, não tive a noção de que seriam tantos km a percorre. Saímos sim de ônibus, na sexta de manhã e chegamos no domingo de manhã.
A relação dos ex-alunos com o Betel é de extremos. Tem gente que ama e sente saudades e faria tudo de novo, e outros não gostam nem de falar que estiveram por lá. 
Eu amo, e faria tudo de novo. Faço questão de manter contato com os ex-alunos sejam como for.
O Betel é uma escola paga, assim todos tinham que se supri.
A alimentação básica era garantida, mas cada um tinha que ter seu prato, copo, xícara, talhes,  papel higiênico, sabonete, creme dental, absorvente, enfim tudo mais, que quando a gente vive na casa dos pais, sempre temos e não nos preocupamos quando falta. Assim muitos recebiam a ajuda dos pais, de amigos ou da Igreja de origem. Eu recebia da Igreja, foram muito bons para mim.
Era comum passarmos falta de alguma coisa. Deus estava nos provando, estávamos em um tempo muito difícil no Nordeste. Muita seca, povo sofrido e havia até muita fome nos sertões. 
Embora o calor fosse quase insuportável, tínhamos o direito de tomar apenas um banho por dia, a não ser em ocasiões especiais dois banhos. 
Jamais saíamos sozinhas e toda a segunda-feira era possível sair, passear, almoçar fora, mas nunca ir à praia na região central. D. Lídia Almeida a Diretora- Presidente tinha uma casa na Praia do Bessa, e em grupo podíamos ir. Era na época um lugar deserto, com muitas outras casas que estavam sempre fechadas.
Uma vez por ano todos podíamos ir. O Betel tinha um ônibus e em várias viagens levava em queria passar o dia na praia do Bessa. 
Era regra não emprestar e pedir emprestado, assim cada um se virava como podia com o que tinha. 
Porém era permitido doar. Lembro-me do susto que levei em tempos difíceis ao olhar debaixo do meu travesseiro e ver certa quantia em dinheiro. Fiquei procurando o dono, até que alguém me disse: - É seu!  Mas como assim? Era mesmo comum que as meninas colocassem valores na cama de forma anônima. 
Assim mais tranquila, aderia à mesma prática. 
Sabonetes, creme dental, papel higiênico e coisas do tipo eram comumente depositados por anônimas colegas. Hoje penso em como isso era delicado, amoroso, e gentil por parte das colegas.
Como não podíamos sair sozinhas, era comum alguém nos convidar para um lanche ou almoço, na "Lobrás"= Lojas Brasileiras, ou na casa de algum amigo ou parente. Éramos recebidos de forma tão gentil na casa dos irmãos do Campo Missionário. 
No meu primeiro ano fui escalada para passar vinte dias em São José do Sabugi- Pb, durante o mês de Julho. Lembro-me que sem dinheiro, tinha apenas uma sandália, e um sapato da farda de gala. Percebi que a sandália estava quase no fim, assim andei descalça algumas vezes, para poupa-la. Como era sertão o sol escaldante, alguém me perguntou se eu não sentia dores no pé, sorri e disse que gostava de andar descalça. Realmente gosto até hoje.
 Ao fim dos vinte dias, recebi tantos presentes do povoa daquela cidade, que fiquei quase os dois anos e meio de curso sem comprar sabonetes, embora tenha doado muitos. Recebi oferta em dinheiro, que me possibilitou viajar a Recife, e passar dez dias na casa da Marilene Leite colega do Betel.
Que dias bons!
Que tempo bom! 
Viveria tudo de novo!
Agradeço a Deus pelo tempo de Betel, pelos colegas que se transformaram em amigos “mais chegados que irmãos”.
 Magali Ferraz.

Foto do pátio do antigo prédio na Rua Maria Amélia Torres, em Cruz das Armas, João Pessoa - Paraíba. Alunas em farda de gala.