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longe uns dos outros;" Nee 4:19

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Soldados Feridos

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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Um pouco de mim.




 Em 1978, saí da minha terra natal Belo Horizonte- MG, e fui a João Pessoa- PB, a fim de estudar no Betel Brasileiro. Naquele ano eu faria 18 anos. Lembro-me que naquela época meu aniversário caiu em um domingo. Para mim foi um dia atípico, pois pela primeira vez passava este dia longe da minha família, da Igreja, e dos amigos. 
Passamos o dia no Campo Missionário, e a noite as colegas que queriam ir a alguma Igreja, poderiam ir, mas que optasse por ficar no Betel, participariam de um culto doméstico.
Estes cultos geralmente em uma das salas de oração.
Assim foi. Fiquei para o culto doméstico. Em certo momento a líder disse: Hoje Magali faz 18 anos vamos orar por ela, e pediu a Dona Ernestina Holmes para orar por mim.
D. Ernestine Holmes, era Canadense foi uma das fundadoras do Betel Brasileiro. Naquela época ela já estava idosa e doente, mas ainda andava e quase não falava. Ela tinha problemas nas articulações, e por vez estava inchada. Soube que era artrite. 
Pois bem, ela se ajoelhou e orou por mim. Aquela atitude, muito me comoveu. Ela orar não foi o caso, mas ela se ajoelhar com tantos problemas em suas articulações, foi o detalhe. Sei que Deus a teria ouvido de qualquer jeito, mas ela se ajoelhou, não como sacrifício, mas como atitude de quem sabe com quem está falando. Ela se colocou humildemente de joelhos para orar por mim. 
Esta foi minha leitura. Só Deus sabe o que realmente foi. Para mim, este episódio, marcou como presente de aniversário. Sabia que nunca mais seria como antes. Eu fui escolhida por Deus, para ser missionária, e que estar no lugar em que Deus deseja, esta é a prioridade. 
D. Ernestine, Holmes, foi exemplo de dedicação, fé e abnegação. 
Infelizmente pude acompanhar ao longe a evolução de suas complicações físicas, no que resultou na sua morte. 
Ontem uma pessoa amiga, me visitou. Pra. Socorro, ela veio orar por minha família. Leu um texto Bíblico, nos orientou e se ajoelhou e orou por nós.
Ao agir assim me lembrei de D. Ernestina. Duas situações. Mas a mesma atitude. 
Agradeço a Deus pelo privilégio de ver os que oram por mim, e por não ver os que oram e eu sinto que oram. Sinto às vezes, que não vou conseguir, e sinto imediatamente que há gente orando por mim, e prossigo.
Sinto- me com missão cumprida, e que não há mais o que eu faça que seja algo que só eu possa fazer.
Porém ainda estou aqui, e ainda estou. 
Partir seria infinitamente melhor, assim não consigo entender estas pessoas que estão concentradas nas riquezas deste mundo.
Minha esperança para a eternidade me faz ansiosa. Porém entendo que a hora chegará.
Assim na minha partida, saibam que fui feliz, não porque conquistei este mundo, mas pelo contrário eu o perdi, perdi este mundo para adquirir "A Pérola de grande valor." Jesus. “Ele é tudo que preciso.” 
Magali Ferraz


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