Estória Moral.
Dois homens se
encontram por acaso, dois dias depois, da morte de Jesus, e surge este diálogo.
-Bom dia!
-Bom dia, oh amigo
você por aqui?
-Sim cheguei hoje,
pela manhã!
-Há é?
-Foi bem de
viagem?
-Mais ou menos,
fui atacado por ladrões no meio do caminho.
-Não diga! Mas você
não se machucou não é?
-Olha foi na ida, e
fiquei muito machucado. Eles não tiveram piedade. Pensei que fosse morrer, mas
um homem passou e me acolheu e me levou pra uma hospedaria, e por lá fiquei até
que sarei.
Não diga amigo,
mas então este cara que lhe ajudou é gente boa.
-Não sei, soube
que era um Samaritano.
-Será?
-Só sei que quando
fiquei bom, prossegui viagem, consegui chegar ande queria, fiz meus negócios e
estou aqui. Demorei mais tempo do que pretendia, mas, estou vivo.
-Ainda bem!
-Mas quais são as
novidades?
-Hi!!! Teve
crucificação há dois dias. Todo mundo só fala nisso.
-Há é? Quem foi?
-Dois ladrões,
bandidos já condenados, mas que estavam fugidos e foram recapturados, e agora
morreram.
-Ainda bem,
detesto ladrões.
-Imagino, pelo que
você passou!
-Mas havia outro
também.
-Quem?
-Um tal de Jesus.
-Há é? Não era Ele
que andava por ai reunindo pessoas?
-É Ele sim.
-O povo fala que
antes de morrer ele tava absolvendo e perdoando os pecados de um dos ladrões.
-Imagina! Quanta
presunção! Jesus perdoando o ladrão, e o ladrão indo para o céu! Absurdo!
-Mas amigo, foi
bom lhe encontrar, mas tenho que ir.
-É eu também,
depois passa lá em casa, pra gente conversar mais, e lhe contar sobre uns
negócios que estou pensando em fazer.
-Tá eu passo.
-Até!
-Até!
Moral da Estória:
O homem é aquele
que foi atendido pelo bom samaritano.
O ladrão que
morreu ao lado de Jesus e foi salvo, é o mesmo que o atacou no caminho.
Preconceito, pré-julgamento.
Só Deus julga.
Quando arvoramos o
direito de julgar, pecamos.
Magali Ferraz.
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