“TOMBOU UM GIGANTE”
Russell Phillip Shedd
***Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos. Salmos 116:15***
O texto bíblico acima revela um mistério divino, que ainda que traga alento para a alma e gere em nós, enquanto servos do Senhor, a esperança de que a morte não é o fim, a nossa condição humana não consegue entender ao certo a profundidade do seu significado. Por isso continua sendo, em essência, um mistério para nós.
Logo que ouvi no último sábado a lamentável notícia do falecimento do Dr. Russell Shedd, um dos maiores missionários e teólogos dos últimos tempos, me veio à mente a imagem de um gigante. Não de um gigante daqueles que as histórias comumente nos mostram, nos moldes que os quadrinhos e as telas de cinema exibem. Não os gigantes com fama de heróis, por vencer inimigos com a sua robustez e força voraz. Não dos que superam facilmente por sua avidez, aos que se lhe opõem; nem tão pouco dos que suplantam e vencem usando as armas da injustiça e as estratégias da força bruta. Não, não é deste tipo de gigante que me refiro. Tombou um gigante da fé, tombou um gigante da humildade, tombou um gigante da simplicidade e sabedoria; ainda que esta afirmação pareça um paradoxo, do ponto de vista crítico e literal no que se refere aos termos usados. Para aqueles que conheceram e tiveram a grata oportunidade de conviver com este homem de Deus, sabem que estes eram os emblemas da sua bandeira naturalmente pessoal e nitidamente perceptível.
A força do seu gigantismo estava na verdade que pregava e de forma tão resignada vivia. O gigante tombou diante da enfermidade, da dor, do sofrimento, porque assim se dar com todos os humanos. Mas como ele mesmo dizia: "...era preciso o sofrimento, esse era o processo do desmame deste mundo, o desapego desta vida, para o ingresso na vida que tanto almejava". Este gigante admirável, tombou diante da morte, mas não morreu, ele vive para a eternidade. Apenas se desfez da sua capa terrena, para receber as novas vestimentas celestiais. Partiu para se encontrar com o Seu Senhor, e ouvir o bem vindo d'Aquele por quem aqui viveu. Que privilégio para todos os que tem a promessa desse encontro e que guardam dentro de si a esperança de um dia ouvi-LO dizer: " Servo bom e fiel, fostes fiel no pouco no muito te colocarei. Entra no gozo do Teu Senhor".
Sinto um grande pesar, porque assim como muitos, penso que ele era um dos seres humanos que não deveria sair do nosso meio, havia se tornado uma espécie de patrimônio para todos aqueles que seguem a Cristo e que amam estudar a Bíblia, ele era simplesmente uma sumidade. Tivemos o grande privilégio, eu e meu esposo, Marcone Correia, de termos tido o Dr. Shedd como professor no seminário, mesmo por um período curto de tempo. Como os seus ensinos foram enriquecedor. Quanta sabedoria em um homem, como era gratificante ouvi-lo e mergulhar juntamente com ele na profundidade da revelação divina, ao debruçar-se na interpretação dos textos bíblicos. Como nos permitiu aprender, extrair verdades tão profundas da Palavra de Deus, com a sua maneira de tornar a exegese bíblica ao alcance da compreensão de todos aqueles que o ouvia; com a clareza e simplicidade com que ensinava, alcançava na mesma proporção, de leigos e indoutos a homens com mentes brilhantes, capazes de raciocinar e refletir com rapidez o que ouvia. Dos iletrados aos grandes estudiosos, teólogos e pesquisadores dos originais bíblicos, se dobravam à sua sabedoria embasada na simplicidade e humildade que lhe era tão natural, sendo estas as suas principais marcas. Era admirável sua maneira simples de falar, sua paciência em ouvir e a empatia com que interagia com todos aqueles que queriam aprender com ele, não importando o nível intelectual ou classe social, pois tinha a sabedoria de mestre e a humildade de servo; estas eram virtudes que encurtava a distância entre ele e as pessoas com as quais se deparava. É inegável a sua larga contribuição com a literatura evangélica e com as faculdades de teologia, sobretudo no Brasil, lugar que escolheu para viver juntamente com sua família. Seremos eternamente gratos pelo tanto que nos doou. O seu prazer era compartilhar com todos, de forma graciosa o que sabia. O seu dom era o de doar-se, tinha um talento especial para servir, desprovido de interesses pessoais e desapegado do que era material, do que era terreno. Ele tinha uma nítida consciência de que o seu depósito estava guardado com Cristo, porque a sua recompensa era Cristo e a sua coroa de gloria o esperava.
Ele era cidadão do mundo, enviado aos povos sem Deus e entendeu muito bem o seu chamado, deixando-se gastar pelas gentes para as quais anunciou a mensagem de salvação. Deixou-nos um legado de fé, esperança e amor. Fé na veracidade da Palavra de Deus e no resgate das vidas por meio do seu conhecimento. Esperança da vida eterna para todos aqueles que quiserem a salvação em Cristo. Amor pela causa do Mestre a quem serviu toda uma vida. Este é realmente um belo exemplo a ser seguido, pois deixou as suas marcas no reino, que certamente muitas delas são invisíveis aos olhos humanos e a sua extensão imensurável, mas visíveis aos olhos do Senhor que o chamou; primeiro para servi-LO na terra e agora, para adorá-LO no céu. Como um bom soldado de Cristo, honrou o seu Senhor até o fim.Terminou o bom combate, acabou a carreira, guardou a fé e foi se apresentar diante do seu General. Que encontro! Que festa! Que alegria! Que Gozo!
Resta a nós que o conhecíamos, o vazio da saudade e para os seus familiares a dor da perda, aos quais ofereço as minhas condolências neste momento de luto. Que o Espírito Santo lhes der o consolo que precisam e o que só Ele pode lhes dar.
Que Deus ampare a todos aqueles que sentem-se órfãos por esta perda. Que possamos lembrar dos seus ensinos e querermos cultivar dentro de nós a paixão que ardia em seu peito, pela Palavra de Deus e Sua obra.
Logo que ouvi no último sábado a lamentável notícia do falecimento do Dr. Russell Shedd, um dos maiores missionários e teólogos dos últimos tempos, me veio à mente a imagem de um gigante. Não de um gigante daqueles que as histórias comumente nos mostram, nos moldes que os quadrinhos e as telas de cinema exibem. Não os gigantes com fama de heróis, por vencer inimigos com a sua robustez e força voraz. Não dos que superam facilmente por sua avidez, aos que se lhe opõem; nem tão pouco dos que suplantam e vencem usando as armas da injustiça e as estratégias da força bruta. Não, não é deste tipo de gigante que me refiro. Tombou um gigante da fé, tombou um gigante da humildade, tombou um gigante da simplicidade e sabedoria; ainda que esta afirmação pareça um paradoxo, do ponto de vista crítico e literal no que se refere aos termos usados. Para aqueles que conheceram e tiveram a grata oportunidade de conviver com este homem de Deus, sabem que estes eram os emblemas da sua bandeira naturalmente pessoal e nitidamente perceptível.
A força do seu gigantismo estava na verdade que pregava e de forma tão resignada vivia. O gigante tombou diante da enfermidade, da dor, do sofrimento, porque assim se dar com todos os humanos. Mas como ele mesmo dizia: "...era preciso o sofrimento, esse era o processo do desmame deste mundo, o desapego desta vida, para o ingresso na vida que tanto almejava". Este gigante admirável, tombou diante da morte, mas não morreu, ele vive para a eternidade. Apenas se desfez da sua capa terrena, para receber as novas vestimentas celestiais. Partiu para se encontrar com o Seu Senhor, e ouvir o bem vindo d'Aquele por quem aqui viveu. Que privilégio para todos os que tem a promessa desse encontro e que guardam dentro de si a esperança de um dia ouvi-LO dizer: " Servo bom e fiel, fostes fiel no pouco no muito te colocarei. Entra no gozo do Teu Senhor".
Sinto um grande pesar, porque assim como muitos, penso que ele era um dos seres humanos que não deveria sair do nosso meio, havia se tornado uma espécie de patrimônio para todos aqueles que seguem a Cristo e que amam estudar a Bíblia, ele era simplesmente uma sumidade. Tivemos o grande privilégio, eu e meu esposo, Marcone Correia, de termos tido o Dr. Shedd como professor no seminário, mesmo por um período curto de tempo. Como os seus ensinos foram enriquecedor. Quanta sabedoria em um homem, como era gratificante ouvi-lo e mergulhar juntamente com ele na profundidade da revelação divina, ao debruçar-se na interpretação dos textos bíblicos. Como nos permitiu aprender, extrair verdades tão profundas da Palavra de Deus, com a sua maneira de tornar a exegese bíblica ao alcance da compreensão de todos aqueles que o ouvia; com a clareza e simplicidade com que ensinava, alcançava na mesma proporção, de leigos e indoutos a homens com mentes brilhantes, capazes de raciocinar e refletir com rapidez o que ouvia. Dos iletrados aos grandes estudiosos, teólogos e pesquisadores dos originais bíblicos, se dobravam à sua sabedoria embasada na simplicidade e humildade que lhe era tão natural, sendo estas as suas principais marcas. Era admirável sua maneira simples de falar, sua paciência em ouvir e a empatia com que interagia com todos aqueles que queriam aprender com ele, não importando o nível intelectual ou classe social, pois tinha a sabedoria de mestre e a humildade de servo; estas eram virtudes que encurtava a distância entre ele e as pessoas com as quais se deparava. É inegável a sua larga contribuição com a literatura evangélica e com as faculdades de teologia, sobretudo no Brasil, lugar que escolheu para viver juntamente com sua família. Seremos eternamente gratos pelo tanto que nos doou. O seu prazer era compartilhar com todos, de forma graciosa o que sabia. O seu dom era o de doar-se, tinha um talento especial para servir, desprovido de interesses pessoais e desapegado do que era material, do que era terreno. Ele tinha uma nítida consciência de que o seu depósito estava guardado com Cristo, porque a sua recompensa era Cristo e a sua coroa de gloria o esperava.
Ele era cidadão do mundo, enviado aos povos sem Deus e entendeu muito bem o seu chamado, deixando-se gastar pelas gentes para as quais anunciou a mensagem de salvação. Deixou-nos um legado de fé, esperança e amor. Fé na veracidade da Palavra de Deus e no resgate das vidas por meio do seu conhecimento. Esperança da vida eterna para todos aqueles que quiserem a salvação em Cristo. Amor pela causa do Mestre a quem serviu toda uma vida. Este é realmente um belo exemplo a ser seguido, pois deixou as suas marcas no reino, que certamente muitas delas são invisíveis aos olhos humanos e a sua extensão imensurável, mas visíveis aos olhos do Senhor que o chamou; primeiro para servi-LO na terra e agora, para adorá-LO no céu. Como um bom soldado de Cristo, honrou o seu Senhor até o fim.Terminou o bom combate, acabou a carreira, guardou a fé e foi se apresentar diante do seu General. Que encontro! Que festa! Que alegria! Que Gozo!
Resta a nós que o conhecíamos, o vazio da saudade e para os seus familiares a dor da perda, aos quais ofereço as minhas condolências neste momento de luto. Que o Espírito Santo lhes der o consolo que precisam e o que só Ele pode lhes dar.
Que Deus ampare a todos aqueles que sentem-se órfãos por esta perda. Que possamos lembrar dos seus ensinos e querermos cultivar dentro de nós a paixão que ardia em seu peito, pela Palavra de Deus e Sua obra.
By Rossane Correia(*.*))
Obs> As fotos foram tiradas quando tivemos a grata alegria de recebê-lo em Outubro de 2014, na nossa igreja. Igreja Batista em Rockland. Boston - USA.